segunda-feira, março 31, 2008

There Will be Blood (2007)

Desde sempre que o Homem de uma ou outra forma tentou, em todo o imaginável, estratificar. A sociedade é ela própria um resultado dessa estratificação ou classificação em pirâmide.
Será que é possível estratificar valorativamente os pecados mortais? Qual é o pecado mortal mais mortal?
Será que, socorrendo-nos de uma metodologia de ponderação de bens, é possível justificar certos actos tendo em conta determinadas realidades?
Olhando para a História não será óbvia a consideração de que a ganância é o pecado mortal mais grave? Ou pelo menos que acaba sempre por acarretar as consequências mais graves?
O que é que realmente move o homem? Qual é, na verdade, a razão da existência?
Que valor devemos atribuir a determinados valores, como a família, por exemplo?
Qual é a linha que delimita a competição saudável da nociva?


O Daniel Day-Lewis está brilhante. O "Haverá Sangue" é, efectivamente, melhor que o "Este país não é para velhos". A banda sonora é brilhante, é Jonny Greenwood.


8/10

3 comentários:

Anónimo disse...

o filme é melhor, apesar de tudo o "No Country for Old Men" tem um final e uma mensagem mais globais, num tom perturbador, e penso que foi por isso que foi eleito o melhor filme. No entanto, sem dúvida que a realização e banda sonora do "There Will be Blood" batem aos pontos o outro.. enfim é pena. Para quem gostou da banda sonora, uma das músicas mais perturbadoras do filme, aquela com os violinos em crescendo parando subitamente no cataclismo do piano, é do compositor de música clássica estoniano Arvo Pärt, álbum Tabula Rasa, música Fratres.

Jorge Oppenheim disse...

O no country for old men, pareceu-me por vezes algo confuso (não uma confusão lynchiana, i.e. boa).
A banda sonora é mesmo óptima!

=)

A disse...

Não vi um nem outro porque graças a deus (ou seja lá quem for) aqui ainda não pasou nem acredito que venha a passar... mas bem, penso assim: se esperei tanto tempo pra ver o Casablanca, tb posso esperar pra ver os oscarizáveis de 2007. enfim. siga.

Gosto imenso do DD-Lewis, acho que é assim um GRANDE actor, e confio na tua apreciação, cada vez mais certeira. Estás a ficar "brilhante" com a idade, puto ;)

Beijos