quarta-feira, abril 02, 2008

Amputação Flamingo

Estava a ouvir o remix da nude (Radiohead) pelos holy fuck e a pensar - óptimo, até que, tal não foi o meu espanto, quando chega a parte final da música, que é apenas perfeita, aquele crescendo praticamente em falsete do yorke, e chego à conclusão de que foi cortada. Como é que é possível cortar aquela parte da música pergunto-me. E não me movo no âmbito do subjectivo, não! Isto é objectivo, aquela parte da música é, sim, perfeita e, logo, brilhante e foi amputada pelos tipos que brincando à música nos pcs a cortaram. Porquê?! Para quê?!

Desta forma, aproveito a oportunidade para dizer que, a partir de agora, vou ter um extremo cuidado nos adjectivos que utilizar quando descrever/classificar algo, prima facie na música, para não ajudar à relativização do conceito "brilhante". Agora percebo e aplaudo a bitola de notas baixíssima empregue na minha faculdade.


Brilhante era o Mozart que tinha ouvido puro ou o Beethoven que chegou a compor quase surdo e não tipos que nem sequer sabem o que é um fá. O bom gosto, de per si, nada tem que ver com o brilhantismo musical.

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