sábado, setembro 06, 2008

touradas

Sobre o parecer da ERC no âmbito do horário televisivo a que devem ser submetidas as touradas:

O trabalho de um jurista é antes de mais técnico-interpretativo.

"As crianças e os jovens são diariamente expostos a influências, desprovidas de arrimo na tradição ou sequer valor cultural, que, de muito longe, são mais violentas e prejudiciais do que as touradas - e nem nesses casos, necessariamente, cede a liberdade de programação." - a isto chama-se um argumento de maioria de razão.

"A questão do "antes" ou "depois" das 22h30 acaba por passar ao lado de uma qualquer atitude reguladora dos valores que dominam a prática televisiva em Portugal." - esta foi uma questão colocada, tendo, por essa razão, melhor ou pior, obtido uma resposta.
Mais, a actividade de regulação não pode, em caso algum, sobrepor-se a liberdades, ou seja, a direitos fundamentais essenciais como os de liberdade. A liberdade de programação (faculdade da liberdade de pensamento) é uma decorrência disso, logo o problema não estará assim em qualquer actividade regulatória mas, obviamente, na sociedade. Por muito que pareça bem a elites intelectuais ou algo que lhes valha, teses neo-platonianas terão sempre uma vertente de extremismo segregacionista e padecerão sempre do erro de Marx, a diferença existente entre as pessoas.

Sobre o texto de João Lopes.

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