E os céus fecharam-se sobre a Lisboa das ruas negras e bebidas do bairro alto. O céu outrora azul, agora cinzento, choveu riffs lentos e harmoniosos e anárquicos…cena post-rock da melhor que por aí anda. Os longos cabelos loiros que sincronizadamente esvoaçavam ao meu lado acompanharam os meus sentidos tiques, por vezes até autistas. Os Thee Silver Mount Zion, entusiasticamente recebidos na ZDB, deram um dos melhores concertos que vi este ano. A começar pelo humor do vocalista, a acabar nos arranjos dos violinos, encontrados em Dvorak e/ou God Speed You Black Emperor ou algo que o valha. Só foi pena não terem tocado a Roxanne, consoante o Menuck ameaçou e, perante o meu pedido, não terem tocado Korn (quem por lá esteve perceberá certamente), até o palco, anormalmente erguido, permitia uma melhor visão da banda.
Depois do que por lá se passou, acredito piamente que 1 000 000 de pessoas morreram para fazer aquele som! Os guturais gritos que as guitarras soltaram durante o concerto mostraram-no. As músicas longas que nos fazem fechar os olhos e procurar microfones nas árvores ou luas e azuis cuspiram-no. Até deu para músicas de amor. Talvez até me tenha apaixonado por lá. Certamente vagueei, sabe-se lá por onde, durante muitos momentos. So, God bless Efrim Menuck.
1 comentário:
God Speed ya!
:)
Houve quem me dissesse que foi muito bom...
Atão conterrâneo? Já casaste, pinga-amor?
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