Editora: Quasi
Tradução: Pedro Tamen
Prefácio: Adolfo Luxúria Canibal
O autor: Isidore Lucien Ducasse (Montevideo, 1846/ Paris, 1870) passou a sua infância no Uruguai, onde o seu pai era chanceler do consulado francês (a mãe morreu quando tinha apenas dois anos). Foi enviado para estudar em França, onde foi aluno interno do liceu de Tarbes, mudando-se em 1967 para Paris com a intenção de ingressar na École Polytechnique. A partir desse momento o percurso da sua vida é quase totalmente desconhecido, facto pelo qual se gerou todo um mito em seu redor, transformando-o numa das mais extravagantes e misteriosas personagens da literatura. Em 1869 publicou, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont, Os cantos de Maldoror,
O livro: que não chegaram a ser distribuídos, na altura, por medo do editor perante possíveis represálias. O conteúdo da obra - um canto à violência e encarnação pura do mal-, deixou-a no esquecimento até 1920, momento em que os surrealistas, como Octávio Paz, Georges Bataille ou André Breton, a vieram reclamar como um seu antecedente. A partir de então, Maldoror é um dos monstros mais adorados da ficção universal e Isidore Ducasse, ou Conde de Lautréamont, uma das mais fascinantes e perversas almas malditas de sempre, capaz de fazer de Sade, em muitas passagens, uma verdadeira criança no que concerne à maldade.
3 comentários:
Em inícios de 90, havia um bar no Porto, muito do meu agrado, que se chamava Maldoror (provavelmente inspirado nesse clássico). Curiosamente, o DJ da noite de inauguração foi o Adolfo Luxúria Canibal.
Ando para ler esse livro há que décadas...
e logo hoje que me apetecia deixar um poema do Tamen... a propósito...
Beijos, J.
tb gosto do teu gosto musical :)
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