quinta-feira, dezembro 18, 2008
(D)os melhores de 2008
Cut Copy - In Ghost Colours
Dodos - Visiter
White Denim - Workhout Holiday
Woven Hand - Ten Stones
Vivian Girls - Vivian Girls
Vampire Weekend - Vampire Weekend
Tv on the Radio - Dear Science
The Walkmen - You & Me
Simon Bookish - Everything Everything
Shearwater - Rook
Santogold - Santogold
Portishead - Third
No Age - Nouns
Nico Muhly - Mothertongue
MGMT - Oracular Spectacular
Lykke Li - Youth Novels
Little Joy - Little Joy
Lil Wayne - Tha Carter III
The Kills - Midnight Boom
Hercules and Love Affair - Hercules and Love Affair
Gang Gang Dance - Saint Dymphna
Fleet Foxes - Fleet Foxes
Department of Eagles - In Ear Park
Deerhunter - Microcastle
Cass Maccombs - Dropping the Writ
Bon Iver - For Emma, Forever Ago
Beach House - Devotion
Atlas Sound - Let the Blind Lead Those Who Can See But Cannot Feel
sexta-feira, dezembro 12, 2008
NME's Top 50 of 2008
50 Heartbreak - Lies
49 Bloc Party - Intimacy
48 Ida Maria - Fortress Round My Heart
47 The Gaslight Anthem - The '59 Sound
46 Blood Red Shoes - Box Of Secrets
45 Black Keys - The Attack & Release
44 Lykke Li - Youth Novels
43 Black Kids - Partie Traumatic
42 School of Seven Bells - Alpinisms
41 These New Puritans - Beat Pyramid
40 The Kills - Midnight Boom
39 Chairlift - Does You Inspire You
38 Beck - Modern Guilt
37 Primal Scream - Beautiful Future
36 Frightened Rabbit - The Midnight Organ Fight
35 Cass Mccombs - Dropping The Writ
34 Los Campesinos! - We Are Beautiful, We Are Doomed
33 Deerhunter - Microcastle / Weird Era Cont.
32 Mogwai - The Hawk Is howling
31 Coldplay - Viva La Vida
30 Hot Chip - Made In The Dark
29 Nick Cave & the Bad Seeds - Dig!!! Lazarus Dig!!!
28 British Sea Power - Do You Like Rock Music?
27 Hercules And Love Affair - Hercules And Love Affair
26 Verve - The Forth
25 Portishead - Third
24 Bon Iver - For Emma, Forever Ago
23 Scarlett Johansson - Anywhere I Lay My Head
22 Oasis - Dig Out Your Soul
21 Lightspeed Champion - Falling Off The Lavender Bridge
20 Spiritualized - Songs in A and E
19 Fucked Up - The Chemistry of Common Life
18 Late Of The Pier - Fantasy Black Channel
17 Elbow - The Seldom Seen Kid
16 Ladyhawke - Ladyhawke
15 Last Shadow Puppets - The Age of Understatement
14 Laura Marling - Alas, I Cannot Swim
13 Fleet Foxes - Fleet Foxes
12 Crystal Castles - Crystal Castles
11 Neon Neon - Stainless Style
10 Friendly Fires - Friendly Fires
09 Kings Of Leon - Only By The Night
08 Mystery Jets - Twenty One
07 Santogold - Santogold
06 Metronomy - Nights Out
05 Foals - Antidotes
04 Vampire Weekend - Vampire Weekend
03 Glasvegas - Glasvegas
02 TV On The Radio - Dear Science
01 MGMT - Oracular Spectacular
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Pumpkins não editam mais álbuns
"Billy Corgan disse ao Chicago Tribune que os Smashing Pumpkins «não vão editar mais álbuns», por causa das reacções negativas ao último «Zeitgeist».
«As pessoas já não ouvem álbuns. Passam-nos para um iPod, ouvem os singles e passam à frente», lamentou.
Contudo, apesar da recusa em voltar a gravar um longa-duração, os Smashing Pumpkins vão continuar a criar música nova. «A partir de agora, vamos passar a ser uma banda de singles. Seremos criativos mas de uma maneira diferente», garantiu ao jornal.
Mas também ao vivo, os Smashing preparam mudanças. «Não vamos voltar a dar concertos em que equilibramos passado e presente», afirmou Corgan.
«Vamos tocar em salas mais pequenas e fazer exactamente o que nos apetece. Não sou estúpido. Quero que as pessoas se sintam satisfeitas connosco», garantiu.
O músico lamentou também a recepção do público ao último álbum e à mais recente digressão. «O que mais me incomoda é acharem que estamos acabados. Não voltámos pelo dinheiro. (...)Não somos o tipo de banda que volta para tocar as canções antigas», reagiu." (in disco digital)
Será que alguma vez voltam a ser um terço do que eram? gostei destas declarações, até porque são verdade. hoje pouco se ouve discos e 90% dos discos que aparecem tÊm pouco mais que duas ou três músicas (boas).
terça-feira, dezembro 09, 2008
O concerto
Meia hora antes, fodido com a outra que não apareceu, após duas ou três cervejas, talvez seis ou nove, comento com o Pedro,
- aquela tipa é brutal.
O gajo retrucou - epá, a gaja é americana!
Entre risos soltei um – vai-te foder.
Sob um gesto flutuante, respondeu - sério, já sei tudo sobre ela.
Os meus cépticos olhos não acreditavam - fode-te pá.
- epá, ouvi-a a falar ao telefone.
- ah…rimos um pouco da situação.
Estava estranhamente sozinha, encostada à parede, sob pouca luz, apoiada na sombra que agora resplandecia. O cabelo, escorrido, confundia o olhar. Os olhos, fundos, eram de uma beleza fria e difusa que cegava. O rosto era de um fascínio cruel e misterioso, paisagem amena e violenta. Agora que penso nisso tinha algo de anos 70, de rock, de Joy Division e Sonic Youth.
O primeiro concerto tinha sido surreal. Não sei se bom, se uma merda. Talvez uma merda, mas pelo menos cómico. Cena pseudo-alternativa, com distribuição de pedras incluída para quem estava junto ao palco, além do contacto com cabos e mais umas merdices perdidas pelo sujo do palco, oferecida, talvez na busca de algo superior e improfícuo – a epifania tenebrosa de um casal estupidamente indie e estranho e anormalmente alto e estranho (o tipo era uma mistura de Caniggia e Fernando Torres). Álgebra maquilhada imperceptível aos olhos.
Recebi uma das pedras ao mesmo tempo que, gozando, ofereci o telemóvel ao Torres. Mas o tipo não gostou muito da brincadeira. Toda a gente riu. Senti-me um incólume pavão. O Pedro não parava,
– tens de ir falar com a americana.
– epá, não.
– foda-se, pode ser a mulher da tua vida.
Bem, pelo menos era parvamente linda. De uma vil e bárbara beleza que nos esmagava a todos. Lembrei-me de lhe oferecer a pedra que havia recebido do Torres e fi-lo juntando as duas mãos, entregando-lhe o místico objecto, ostensivamente tentando galar. Tinhas as penas erguidas e exibi um humedecedor ritual de acasalamento, mostrando toda a minha urdida masculinidade. Ela sorriu, muito. Largamente até, talvez por ter sido apanhada desprevenidamente.
Após mais umas cervejas, quatro ou cinco (a contagem certa daquilo que bebemos é importantíssima para a classe dos homens), o concerto principal finalmente começou. Aquele brilho inumano embebedava-me. Tinha dificuldades em conseguir não olhar para a americana. No fundo, não conseguia parar de conjecturar sobre como, quem seria e todas essas filhas-da-putice que me fazem viajar por entre a prolixidade das formas. Vi-lhe uma beleza palpitante e impenetrável. Algo que provinha de dentro como a luz do dia e aquilo não podia ser compassivo. Mas era muito mais do que isso. Havia algo de errado. Ou então de certo. De completamente certo.
O concerto foi melhorando de música para música. O Pedro não se calava e espicaçava-me para ir falar com ela. Não devia ser o único (não era de certeza). Ganhei coragem, enquanto engolia em seco e respirava fundo, ao mesmo tempo que o Pedro continuava como que atiçando um inocente rottweiller numa luta, até que, por entre uma música qualquer, fui falar com ela.
– i bet i’ll guess where you’re from!
Ela, interessada, respondeu – where?
Convictamente atirei – Brooklyn?? –
– no, i’m from Slovenia. Respondeu sorrindo.
Ambos rimos. Trocamos mais duas ou três palavras nos intervalos que demarcavam as músicas, quando existiam, as notas cruas e distorcidas que ali nos levaram. Lá fora, assistia a tudo isto a Lisboa das ruas negras e bebidas do Bairro Alto, a Lisboa pueril e terna, pródiga em histórias e em histórias de amor e em perdição. Provida do ar que inspira e queima e morde. Mãe dos acolhedores prostíbulos, berço do amor e da ternura daqueles já sem mãe.
O mosh aumentava a cada riff, ao mesmo tempo que o suor e a excitação ia correndo as testas e roupas de quase todos. Uma feroz alegria subia-me a espinha. A certa altura, enquanto curtia autisticamente o som, movimentando parcialmente a cabeça e os olhos (por esta altura provavelmente já só estava acompanhado de metade da roupa que levava), vi, impelido coercivamente pelo meu pescoço, a americana (agora eslovena) que, com a cabeça ligeiramente inclinada para a frente e os olhos cerrados, mexia-se compulsivamente, fazendo os seus cabelos, num rodopio, esvoaçarem pela sala, sob o olhar espantado e hipnotizado de muitos, principalmente o meu. O meu relógio parou por momentos, apertando o tempo. Sorri, como poucas vezes fiz, e continuei a minha dança insana, por vezes até macabra, acompanhado pelo gingar, com influências da cultura setubalense e, provavelmente, pelas raízes de uma qualquer dança tribal africana, do Pedro, que, de capuz enfiado na cabeça e braços e mãos levantadas, embora perto da nuca, como que bradando ao tecto da sala e a um qualquer Deus ímpio que por ali assombrava, espalhava amor pela confusão, mosh agora por toda a sala. Em breve o concerto acabava, deixando-me num geométrico aperto de quem precisa de saber.
Fugazes momentos cavavam o tempo. Algo me agarrou as entranhas. A maneira demoníaca que estes momentos têm de abrir portas é imbecilmente triunfal. Uma enorme poça de silêncio acolhia-me - quem era este anjo exterminador? Mapa louco por descobrir, deixando-me como única pista a linguagem da fascinação.
Quis ir falar-lhe mais. Quis ir perder-me e encontrar-me. Infelizmente sumiu-se rapidamente pela treva baixa das ruas do Bairro. Tornou-se na presença obscura das coisas que compreendem a minha razão, malhando-me o peito com a curiosidade.
domingo, dezembro 07, 2008
animais futebolísticos
Rui Santos dixit
The Wrestler (Darren Aronofsky )
o mickey rourke renasceu caralho.
tenho saudades do tarzan taborda!
sábado, dezembro 06, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
A fronteira do amanhecer (Philippe Garrel)
* aquilo que mais quero ver neste momento.
segunda-feira, novembro 17, 2008
O Leitor (Stephen Daldry)
adaptação do "o leitor" de bernhard schlink.
* engraçado, embora ainda não o tenha lido, comprei este livro recentemente. para quem não sabe, o schlink é um dos juízes mais importantes do tribunal constitucional alemão.
sexta-feira, novembro 14, 2008
do miocárdio
sábado, novembro 08, 2008
fofoca literária
Será verdade que há uma coincidência entre esta derradeira votação e a informação de que Lobo Antunes não se deslocaria ao Brasil?
Ah, rumores, rumores..." (in Ler)
Thee Silver Mount Zion (Zé dos Bois)
E os céus fecharam-se sobre a Lisboa das ruas negras e bebidas do bairro alto. O céu outrora azul, agora cinzento, choveu riffs lentos e harmoniosos e anárquicos…cena post-rock da melhor que por aí anda. Os longos cabelos loiros que sincronizadamente esvoaçavam ao meu lado acompanharam os meus sentidos tiques, por vezes até autistas. Os Thee Silver Mount Zion, entusiasticamente recebidos na ZDB, deram um dos melhores concertos que vi este ano. A começar pelo humor do vocalista, a acabar nos arranjos dos violinos, encontrados em Dvorak e/ou God Speed You Black Emperor ou algo que o valha. Só foi pena não terem tocado a Roxanne, consoante o Menuck ameaçou e, perante o meu pedido, não terem tocado Korn (quem por lá esteve perceberá certamente), até o palco, anormalmente erguido, permitia uma melhor visão da banda.
Depois do que por lá se passou, acredito piamente que 1 000 000 de pessoas morreram para fazer aquele som! Os guturais gritos que as guitarras soltaram durante o concerto mostraram-no. As músicas longas que nos fazem fechar os olhos e procurar microfones nas árvores ou luas e azuis cuspiram-no. Até deu para músicas de amor. Talvez até me tenha apaixonado por lá. Certamente vagueei, sabe-se lá por onde, durante muitos momentos. So, God bless Efrim Menuck.
quinta-feira, novembro 06, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
Super Bock em Stock
"Alguns dos nomes emergentes do panorama pop actual vão estar a 3 e 4 de Dezembro em Lisboa, mais concretamente, na Avenida da Liberdade, para a primeira edição do festival Super Bock em Stock.
The Walkmen, Lykke Li, Santogold e Ladyhake estreiam-se em Portugal. Rui Reininho, Deolinda, peixe:avião, Pontos Negros e João Coração formam a selecção nacional.
Os concertos decorrem nas salas 1 e 2 do Cinema São Jorge, Teatro Tivoli, Maxime e Teatro Variedades (Parque Mayer) e começam sempre às 21h30. Os bilhetes já se encontram à venda e têm o preço único de 40 euros.
Este passe dá acesso a todos os concertos. À porta de casa sala será disponibilizada uma aplicação bluetooth que cada espectador poderá descarregar para o seu telemóvel e que permitirá saber o número de lugares disponíveis em cada um dos locais, bem como outros conteúdos de interesse relacionados com o evento.
A Música no Coração, que organiza o evento, diz ainda que o Super Bock Em Stock pretende ser «um South by Southwest à dimensão de Lisboa», com os espectáculos a decorrerem à mesma hora nas quatro salas. A aposta centra-se em «novos valores» da pop sendo que o nome do festival se inspira no antigo programa de rádio Rock em Stock, de Luís Filipe Barros." (in disco digital)
quero, pelo menos, the walkmen, santogold e el perro del mar, e agora?
Este é o cartaz já conhecido:
3 de Dezembro
Maxime : A Fine Frenzy, El Perro del Mar
Tivoli : José James, Santogold
São Jorge : Ladyhawke, Rui Reininho
Sala 2 do São Jorge : doismileoito, Os Pontos Negros
Teatro Variedades : Caravan Palace, Guys From The Caravan, Tanya Stephens
4 de Dezembro
Maxime : Norberto Lobo + Jack Rose, The Profilers
Tivoli : The Walkmen, Marcelo Camelo
São Jorge : Phoebe, Deolinda
Sala 2 : Peixe : Avião. João Coração
Teatro Variedades : Lykke Li, Zita Swoon - A Band In A Box, X-Wife
terça-feira, novembro 04, 2008
relações
quinta-feira, outubro 30, 2008
Gummo (Harmony Korine)
como descrever a cabeça de korine? provavelmente não é possível (agora tenho umas calças iguais às dele). e se um determinado acontecimento marcar uma população inteira? mas marcá-la (in)consequentemente. o que é o vazio? todas as personagens que me marcaram têm um pouco de vazio. provavelmente fui o coelho na infância, pontapeado pelos cowboys. mas também fui eu que acabei na banheira aos beijos com a sevigny. não há resposta para questão alguma. mas as imagens, que nos masturbam os sentidos, talvez sejam elas uma resposta. juntando os fragmentos deste filme e talvez encontre algum nexo na minha infância. será que em Monchique passou algum tornado?
talvez inconsequente, porém dos melhores quadros que já vi.
8/10
Lightning bolt @ Pink rabbit . the halloween
* happy halloween
terça-feira, outubro 21, 2008
Lewis & Clarke - "Before It Breaks You"
lewis & clarke, última pérola - lindo e depressivo, como nós gostamos!
domingo, outubro 19, 2008
quinta-feira, outubro 16, 2008
terça-feira, outubro 14, 2008
berço maldito/abrigo perdição
de poluído verde que me ostracizou desde cedo
fiz-me à estrada, pela estrada, e fui e não mais voltei
desalentada pediste à aguardente aquilo que não obtiveste da vida
és tu a culpada pelo veneno que agora venero e sem o qual já não vivo mais
sem mais olhar para trás desapareci-te
e pedi que não mais me ligasses, morreste-me.
A simétrica linha do comboio que roubei ou me roubou,
Vai marcando linearmente o passar do tempo, o que me assusta.
Disseram-me os tolos que tinhas o sol entre as pernas e a lua na barriga
Mesmo assim dei-te com os pés, depois de bem te fornicar e ser gentilmente fornicado
Por todo o lado parei, previsivelmente, pela mesma razão
Este podre sabor que me marca o hálito das noites perdidas por aí
Enternece-me a boca e o rosto e os olhos, cada vez mais fundos e míopes
É prova das quedas pelas ruelas que feliz ribombeando o meu equilíbrio foi dando
És tu, terra maldita, sobrenaturalmente sóbria, que me trilhou a grande estrada aberta
Que me deixou prostrado sob o faminto olhar da mulher-mecânica amorosa-que me comeu
Finalmente cheguei.
Observo-me a mim próprio com desinteresse,
Carrego o semblante marcado de alguém perdido, mas eufórico
Mal me sustenho nos longos sapatos que me ajudam a amparar, iludido
Pela fútil forma estética de tentativa de integração na miasmática cena bairro alto
Sob o pasmado olhar dos terceiros de má fé, apontadores da diferença como sida sangue
Lisboa é a puta que agora me faz feliz,
Cinco euros por um bico e álcool e tabaco e droga
Que bebo instantaneamente, tal a sede de bebedeira, de perdição
Que me concedes sem sequer perguntar pela minha idade, traficante monhé
Que embirrantemente me espeta com coca boca adentro, sob uma língua imperceptível
De um lado ao outro da estrada
Vão as ruas do bairro alto cambaleando
Observando-me sem sequer se importarem ou perguntarem
Levo os ecos de um furacão cantados pelos gritos da guitarra neil young
Até que mais um grotesco taxista me pergunta ameaçadoramente – para onde vai?
Respondo-lhe, balbuciando whisky, quando não há mais sítio para ir, seguimos para casa
Acordei no dia seguinte,
Deitado com o Rimbaud e uma cerveja e o inferno
Fiz-lhe ternamente o pequeno-almoço e mandei-o embora
Que bem recebido fui, embora não me lembre, de sorriso puta fui
És estranha e, como doença oculta, penetras em tudo o que é vivo, penetraste-me
Em poucas horas, mais palha carregarei numa mão, na outra fogo, e na goela tesão
Portaria n.º 1155/2008
Renova, por um período de 12 anos, a zona de caça associativa de Talhas, abrangendo vários prédios rústicos sitos na freguesia de Talhas
segunda-feira, outubro 13, 2008
Amy Winehouse mistura cocaína com algodão doce
"Amy Winehouse parece não conseguir deixar a sua dependência de drogas, mesmo depois de ter sido alertada pelos médicos que uma próxima overdose poderá ser fatal. A última «moda» da cantora é misturar cocaína com algodão doce.
De acordo com o tablóide News of The World, a voz de «Rehab» terá comprado uma máquina de algodão doce, por 700 libras, e o guitarrista dos Babyshambles, Mik Whitnall, ter-se-á lembrado de misturar a droga com o açúcar.
«A máquina é o orgulho de Amy e, por isso, Mik acho que seria divertido dar outro sabor ao doce», explicou uma fonte próxima, adiantando que «alguns amigos misturaram cocaína no algodão doce» e a artista «começou a comer sem perceber o que eles estavam a fazer».
Contudo, a cantora britânica gostou da mistura explosiva e, «agora, acha o máximo fazer o mesmo», revelou o amigo, que não quis identificar-se, avançando ainda que Amy Winehouse poderá estar obcecada com a ideia de morrer jovem, tendo até já ameaçado suicidar-se com uma faca." (in disco digital)
florifunda
luciana abreu dixit
domingo, outubro 12, 2008
sexta-feira, outubro 10, 2008
meetyourmessenger
Olá Jorge,
Veja abaixo os 10 novos perfis em Vila Franca do Campo
amanda barbosa
amanda barbosa é de Lisboa - Procurar em outras localidades aqui
Texto do perfil:
"Eu sou feita pro amor da cabeça aos pés"
-suzana frança
suzana frança é de Lisboa - Procurar em outras localidades aqui
Texto do perfil:
"No começo, tudo parecia tao longe e assim inissiamos nossa caminhada.
Nossas historias tinham o mesmo inicio, mas ao longo dos anos tomariam rumos diversos, pois cada um constroi sua propria estrada.
Naquela epoca, tinhamos os mesmos sonhos, os mesmos medos, o mesmo sorriso. Hoje, temos sa udades...."
-isabel
isabel é de Maia - Procurar em outras localidades aqui
Texto do perfil:
"Os mais belos pensamentos já foram escritos... O que nos falta é vive-los..."
Ir ao perfil de isabel - Escrever para isabel
-Prudenciana Ndayola
Prudenciana Ndayola é de Lisboa - Procurar em outras localidades aqui
Texto do perfil:
"Vivo na ,para e com a ARTE...
.
.."
-josiene
josiene é de Lisboa - Procurar em outras localidades aqui
Texto do perfil:
"tudo posso nakele q me fortalece"
a comédia não lhes é natural
que me desculpem pela agressividade.
quarta-feira, outubro 08, 2008
expectativas
nos últimos dias tenho-me apercebido da força das expectativas que criamos sobre a intensidade dos sentimentos e daquilo que isso acarreta. ou seja, o próprio amor ou paixão ou amizade são, claramente, conformados pela intensidade das expectativas criadas. posso ter uma relação de anos com alguém e se as expectativas investidas não forem muitas, a correlativa intensidade de um sentimento de perda pode, por exemplo, até ser até menor numa relação que dura há parcos meses, visto nesta as expectativas criadas (independentemente da razão) terem sido massivas. obviamente que existem outras condicionantes que podem fazer variar a intensidade de sentimentos criados em virtude de tais relações. porém, o decisivo reside, efectivamente, nas expectativas.
se isto parece óbvio, a verdade é que,na prática, não lhe atribuímos o devido valor.
sexta-feira, outubro 03, 2008
Radiohead - Reckoner
"O vídeo do novo single dos Radiohead, «Reckoner», é assinado por um admirador, Clement Picon"
* de longe, das melhores músicas dos últimos tempos.
quinta-feira, outubro 02, 2008
nirvana - smells like teen spirit (weird voice)
* they played in this way because the producer of the program obbligated them to play with the track. this fact pissed kurt so they changed the lyrics and kurt sang in this weird way.
* genious
Cinzas de Kurt Cobain fumadas na Alemanha
"A artista alemã Natascha Stellmach revelou que adquiriu e vai fumar as cinzas de Kurt Cobain num charro. A performance está inserida na exposição Set Me Free, em Berlim.
Stellmach defende que desta maneira libertará simbolicamente o músico do circo mediático. Segundo o NME, a performance está a ser anunciada como "o último acto" da exposição e acontecerá a 11 de Outubro.
As cinzas do falecido vocalista dos Nirvana foram roubadas à viúva Courtney Love no passado mês de Maio."
* fumar as cinzas do bob marley também era capaz de ser uma boa ideia.
quarta-feira, outubro 01, 2008
entregue
* video que mostra o que estou a sentir!
está entregue. um mês quase sem dormir. olheiras profundas que se vêm do outro lado da nuca. todo eu cheiro a café. mas, senti ontem, aquando da entrega, uma das melhores sensações que já me tinha tomado. por isso, e pelo resto, estou feliz.
quinta-feira, setembro 25, 2008
quarta-feira, setembro 24, 2008
olho manson
Pouco dormi. Acordei completamente destruído. E o meu olho direito está, neste momento, estilo manson.
terça-feira, setembro 23, 2008
sete dias
segunda-feira, setembro 22, 2008
quarta-feira, setembro 17, 2008
thursday night fever
* james murphy a passar disco no lux hoje e eu em casa a escrever sobre direitos fundamentais. esta noite a pista era eu. acho que me vou matar.
sábado, setembro 13, 2008
sexta-feira, setembro 12, 2008
The "Retro-Sexual" Male Code
OK folks, I have had it. I've taken all I can stand and I can't stand no more. Every time my TV is on, all that can be seen is effeminate men prancing about, redecorating houses and talking about foreign concepts like "style" and "feng shui." Heterosexual, homosexual, bisexual, transsexual, metrosexual, non-sexual; blue, green, and purple-sexual bogus definitions have taken over the urban and suburban world!
Real men of the world, stand up, scratch your butt, belch, and yell "ENOUGH!" I hereby announce the start of a new offensive in the culture wars, the Retrosexual movement.
The Code:
A Retrosexual, no matter what the women insists, PAYS FOR THE DATE.
A Retrosexual opens doors for a lady. Even for the ones that fit that term only because they are female.
A Retrosexual DEALS with IT, be it a flat tire, break-in into your home, or a natural disaster, you DEAL WITH IT.
A Retrosexual not only eats red meat, he often kills it himself.
A Retrosexual doesn't worry about living to be 90. It's not how long you live, but how well. If you're 90 years old and still smoking cigars and drinking, I salute you.
A Retrosexual does not use more hair or skin products than a woman. Women have several supermarket aisles of stuff. Retrosexuals need an endcap (possibly 2 endcaps if you include shaving goods).
A Retrosexual does not dress in clothes from Hot Topic when he's 30 years old.
A Retrosexual should know how to properly kill stuff (or people) if need be.
This falls under the "Dealing with IT" portion of The Code.
A Retrosexual watches no TV show with "Queer" in the title.
A Retrosexual does not let neighbors screw up rooms in his house on national TV.
A Retrosexual should not give up excessive amounts of manliness for women.
Some is inevitable, but major reinvention of yourself will only lead to you becoming a frou-frou little puss, and in the long run, she ain't worth it.
A Retrosexual is allowed to seek professional help for major mental stress such as drug/alcohol addiction, death of your entire family in a freak tree chipper accident, favorite sports team being moved to a different city, favorite bird dog expiring, etc. You are NOT allowed to see a shrink because Daddy didn't pay you enough attention. Daddy was busy DEALING WITH IT. When you screwed up, he DEALT with you.
A Retrosexual will have at least one outfit in his wardrobe designed to conceal himself from prey.
A Retrosexual knows how to tie a Windsor knot when wearing a tie - and ONLY a Windsor knot.
A Retrosexual should have at least one good wound he can brag about getting.
A Retrosexual knows how to use a basic set of tools. If you can't hammer a nail, or drill a straight hole, practice in secret until you can - or be rightfully ridiculed for the wuss you be.
A Retrosexual knows that owning a gun is not a sign that your are riddled with fear, guns are TOOLS and are often essential to DEAL WITH IT. Plus it's just plain fun to shoot.
Crying. There are very few reason that a Retrosexual may cry, and none of them have to do with TV commercials, movies, or soap operas. Sports teams are sometimes a reason to cry, but the preferred method of release is swearing or throwing the remote control. Some reasons a Retrosexual can cry include (but are not limited to) death of a loved one, death of a pet (fish do NOT count as pets in this case), loss of a major body part.
A Retrosexual man's favorite movie isn't "Maid in Manhattan" (unless that refers to some foxy French maid sitting in a huge tub of brandy or whiskey), or "Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood." Acceptable ones may include any of the Dirty Harry or Nameless Drifter movies (Clint in his better days), Rambo I or II, the Dirty Dozen, The Godfather trilogy, Scarface, The Road Warrior, The Die Hard series, Caddyshack, Rocky I, II, or III, Full Metal Jacket, any James Bond Movie, Raging Bull, Bullitt, any Bruce Lee movie, Apocalypse Now, Goodfellas, Reservoir Dogs, Fight Club, etc.etc.
When a Retrosexual is on a crowded bus and or a commuter train, and a pregnant woman, hell, any woman gets on, that Retrosexual stands up and offers his seat to that woman, then looks around at the other so-called men still in their seats with a disgusted "you punks" look on his face.
A Retrosexual knows how to say the Pledge properly, and with the correct emphasis and pronunciation. He also knows the words to the Star Spangled Banner.
A Retrosexual will have hobbies and habits his wife and mother do not understand, but that are essential to his manliness, in that they offset the acceptable manliness decline he suffers when married/engaged in a serious healthy relationship - i.e., hunting, boxing, shot putting, shooting, cigars, car maintenance.
A Retrosexual knows how to sharpen his own knives and kitchen utensils.
A Retrosexual man can drive in snow (hell, a blizzard) without sliding all over or driving under 20 mph, without anxiety, and without high-centering his ride on a plow berm.
A Retrosexual man can chop down a tree and make it land where he wants.
Wherever it lands is where he damn well wanted it to land.
A Retrosexual will give up his seat on a bus to not only any women but any elderly person or person in military dress (except officers above 2nd Lt)
NOTE: The person in military dress may turn down the offer but the Retrosexual man will ALWAYS make the offer to them and thank them for serving their country.
A Retrosexual man doesn't need a contract -- a handshake is good enough. He will always stand by his word even if circumstances change or the other person deceived him.
A Retrosexual man doesn't immediately look to sue someone when he does something stupid and hurts himself. We understand that sometimes in the process of doing things we get hurt and we just DEAL WITH IT.
quinta-feira, setembro 11, 2008
Radiohead: Live In Concert
When I think of the best concerts I've seen, I always flash back to Pink Floyd in early 1972. Almost two years before the band released what would become Dark Side of the Moon, Pink Floyd performed the entire suite of songs to the amazement of us all. We'd never heard any of the songs (then titled Eclipse: A Piece for Assorted Lunatics), and with its quadrophonic sound, it remains the most massive musical surprise I've experienced.
Radiohead's show at the Santa Barbara Bowl came as close for musicianship and creativity as any show I've seen in 37 years. I've seen a lot of shows.
These guys write great songs, and sometimes you can even sing along to them, but what they do better than any band is create a sonic adventure — a soundscape which, at its best, stretches time and allows the mind to wander and rejuvenate. I think of it as resetting the synapses. Creativity breeds creativity. When the music was over, I felt unboxed and changed and pretty darn happy. Drugs are overrated; music is underrated.
Back in February, All Songs Considered invited Radiohead's Thom Yorke on the show to discuss the music he loved. He was happy to talk about someone else's music, after months of being asked about the record business and the decision he and his band made to release In Rainbows as a pay-what-you-want download. So Thom Yorke played DJ for us, turned me and others on to new music, and talked about creating In Rainbows. We had a good chat, but our meeting was long-distance; he was in Oxford and I was in Washington, D.C. We made mention of meeting when the band came to America for its tour.
So after the show, my guide Laura Eldeiry of the band's PR firm, Nasty Little Man, told me to wait around for Thom; that he'd come around and we'd have that face-to-face we'd talked about.
I've never understood how someone can perform and create for more than two hours and come down to earth enough to carry on a conversation. I could never do it. When Thom finally arrived, he said he was blasted (tired, that is), but he looked happy and satisfied. We talked a bit of politics; Barack Obama's speech at the Democratic National Convention took place in tandem with the Radiohead show.
I told him how unusual I thought it was to have a thinker like Barack Obama running for president; Yorke talked about corruption and lobbying in British politics, and said to be careful about pinning all of your hopes on one person.
Later, on the car ride home, I thought of the words to "Videotape" from Radiohead's In Rainbows: "Today has been the most perfect day I have ever seen."
"
ouvir o concerto na íntegra aqui.
Foi “para beber cerveja e embriagar-se” que o homem se tornou agricultor
A teoria é da autoria do biólogo e historiador natural alemão, Josef H. Reichholf, e vem publicada no seu livro “Por que é que os homens se tornaram sedentários?”, lançado na Alemanha. A obra explica as causas da revolução que mais tarde estaria na origem dos povos e das religiões.
Josef H. Reichholf parte do pressuposto que “quando os caçadores recolectores abandonaram a sua forma de vida e alimentação tradicional teria que ter uma vantagem inicial”. No princípio, sublinha, “o cultivo de plantas não trouxe nenhuma vantagem visível para a sobrevivência”.
Por esse motivo, o cientista alemão considera que a teoria até hoje defendida, que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nómada e se estabeleceu de maneira permanente num sítio para se alimentar melhor, está totalmente errada.
Segundo o mesmo livro, as colheitas iniciais eram demasiado reduzidas e o cultivo da terra muito trabalhoso, o que implica que a sobrevivência não podia ser garantida em exclusivo através da agricultura. Josef H. Reichholf defende que o homem do período neolítico continuou a caçar e a ser recolector para subsistir.
"A agricultura surgiu de uma situação de abundância"
Outra das teorias criticada no livro do biólogo alemão é a que indica que nas primeiras regiões onde a humanidade se fixou, situadas entre o Egipto e a Mesopotâmia (actuais zonas não desérticas do território do Iraque), havia pouca caça e muita vegetação.
Josef H. Reichholf diz que essa teoria é absurda ao pressupor que uma zona com muita vegetação possa ao mesmo tempo não ter animais selvagens. O cientista sublinha que “era totalmente diferente” e que a caça não escasseava.
Para o biólogo “a agricultura surgiu de uma situação de abundância” e assegura que “a humanidade experimentou o cultivo dos cereais e usou os grãos como complemento alimentar. A intenção incial não era fazer pão, mas antes fabricar cerveja através da fermentação”.
As declarações de Josef H. Reichholf foram registadas durante a apresentação do seu livro, onde o cientista alemão fez questão de frisar que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que lhe “transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo”.
A importância dos xamãs
Na teoria agora apresentada, os xamãs, espécie de líderes espirituais que entram em transe e manifestam poderes sobrenaturais e invocam espíritos da natureza, teriam tido um papel de destaque na revolução neolítica. Seriam eles que conheceriam os feitos e as dosagens das drogas, ou seja, do álcool, cogumelos e plantas, tomados durante as cerimónias de carácter religioso.Josef H. Reichholf destaca a importância que a cerveja e o vinho terão tido no fomento do sentido de unidade de um povo ou de uma tribo.
Da mesma maneira, defende que o pão só começou a produzir-se quando se conseguiu cultivar cereais em abundância. O cientista sublinhou que a fermentação é um processo mais antigo, “a capacidade de fermentar cerveja não foi algo espontâneo. A humanidade já conhecia antes o processo fermentação da fruta”.
faz sentido faz.
quarta-feira, setembro 10, 2008
sábado, setembro 06, 2008
touradas
O trabalho de um jurista é antes de mais técnico-interpretativo.
"As crianças e os jovens são diariamente expostos a influências, desprovidas de arrimo na tradição ou sequer valor cultural, que, de muito longe, são mais violentas e prejudiciais do que as touradas - e nem nesses casos, necessariamente, cede a liberdade de programação." - a isto chama-se um argumento de maioria de razão.
"A questão do "antes" ou "depois" das 22h30 acaba por passar ao lado de uma qualquer atitude reguladora dos valores que dominam a prática televisiva em Portugal." - esta foi uma questão colocada, tendo, por essa razão, melhor ou pior, obtido uma resposta.
Mais, a actividade de regulação não pode, em caso algum, sobrepor-se a liberdades, ou seja, a direitos fundamentais essenciais como os de liberdade. A liberdade de programação (faculdade da liberdade de pensamento) é uma decorrência disso, logo o problema não estará assim em qualquer actividade regulatória mas, obviamente, na sociedade. Por muito que pareça bem a elites intelectuais ou algo que lhes valha, teses neo-platonianas terão sempre uma vertente de extremismo segregacionista e padecerão sempre do erro de Marx, a diferença existente entre as pessoas.
Sobre o texto de João Lopes.
sexta-feira, setembro 05, 2008
incesto é fixe
Pussycat Spears
depois do pere ubu, do pedro gomes e de eu próprio afirmar(mos), digamos, a "brutalidade" que envolve a personagem britney spears, "vem de lá" o tarantino convidá-la para entrar num seu filme. agora,as dúvidas dissiparam-se.
gimme more.
quarta-feira, setembro 03, 2008
vestimenta
terça-feira, setembro 02, 2008
quinta-feira, agosto 28, 2008
Margarida Rebelo Pinto: «Sou uma pessoa ambiciosa»
a prova.
férias
antes era tudo tão mais fácil...mais vale dormir e sonhar novamente com direitos subjectivos, habitantes da esfera jurídica de um sem personalidade jurídica qualquer.
segunda-feira, agosto 25, 2008
quinta-feira, agosto 21, 2008
quarta-feira, agosto 20, 2008
este blogue está de férias
sábado, agosto 16, 2008
domingo, julho 27, 2008
quinta-feira, julho 24, 2008
técnico-tácticas
quarta-feira, julho 23, 2008
defesa escorpião
"So here's the, er, Top 7 Best Ever Football Tricks, as voted for by users of be-studded footwear fetishists' website footy-boots.com"
não fiar na classificação. maradona apenas em sétimo, george best nem aparece. de qualquer forma, higuita, expoente do futebol espectáculo. quando o futebol tinha mesmo piada. a defesa escorpião é do melhor alguma vez visto no desporto. afinal o que seria a vida sem a loucura.
Olho por olho, dente por dente
O caso maddie chegou ao fim. Bem, mais ou menos. Não havendo “indícios suficientes” para prosseguir com a acusação o Ministério Público nada mais pode fazer que arquivar o processo. Duas coisas a dizer disto, em primeiro lugar o processo não está propriamente findo, ou seja, se eventualmente novas provas forem descobertas, o processo pode ser reaberto. Por outro lado, quem estiver lendo isto deve estar a perguntar-se sobre o que serão “indícios suficientes”. Pois bem, para haver uma qualquer acusação é necessário que exista um mínimo de indícios que apontem no sentido de que alguém é culpado. Não me querendo perder em demagogias técnicas, estes indícios serão, exemplificativamente, por exemplo, uma prova, como uma fotografia ou um testemunho verosímil (digo verosímil, crível, porque aqui o juiz irá atribuir-lhe o valor que quiser. Imaginem, é completamente diferente eu afirmar que vi alguém a cometer um crime e conseguir identificar essa pessoa, de afirmar um “pareceu-me ver”, etc.. Imaginando que eu por norma bebo uns copos à noite e isto passou-se durante a noite e alguém me viu a beber, o testemunho por muito forte que fosse pode ficar logo inquinado e perder valor, porque será sempre a palavra de uma pessoa contra outra). É também óbvio que as provas têm de ser legais. Daí que se fale sobre a legalidade das escutas telefónicas. Sim é verdade que de acordo com o nosso sistema legal, mesmo que exista uma escuta que mostre a culpa de alguém, caso essa escuta não seja legal, por exemplo autorizada por um juiz, não serve para condenar alguém, mesmo que se saiba da culpa. Isto parece estúpido é verdade, mas obviamente que tem uma razão. Razão essa simples e que pelos vistos ultrapassa a energumenidade imbecil de muita gente que se expressou, digo, zurrou, recentemente pelos media, uns juristas, outros apenas idiotas. Passo a explicar, imaginem que o vizinho do lado, o “xerife” do bairro, se lembrava de colocar uma escuta em vossa casa, porque por alguma coisa achava suspeito o facto de trabalharem num horário nocturno ou algo do género. Ora, facilmente se concluirá que está aqui em causa um crime de violação de privacidade. Isso mesmo, a privacidade de cada cidadão é ela própria um direito fundamental de cada um, daí ser necessário para que uma escuta valha em tribunal que seja autorizada por quem de direito, o juiz, e apenas em determinadas situações. No caso do desporto é muito mais complicado e por um aspecto, é que, por alguma razão, o mundo do futebol tenta manter separada a justiça desportiva, da justiça civil. Ora, na justiça desportiva não há sequer alguém que tenha competência para autorizar escutas. Tudo isto tem imbricado um avolumar de outros aspectos sobre os quais poderia encher 100 ou 200 páginas…Uma coisa é certa, se legalmente duvido muito deste separar entre justiça desportiva e civil (leia-se penal e administrativa), tendo em conta o que tem acontecido ultimamente, o própria natureza das coisas e o campo dos factos me adjudica razão.
Após ter-me perdido um pouco retomo o fio condutor para chegar onde queria. O facto de não ter existido uma condenação no caso maddie, não tem nada que ver com a existência de justiça ou não. Pelo contrário, não existindo qualquer elemento objectivo que aponte no sentido de que alguém é culpado de determinado crime, essa pessoa nunca poderá ser culpada e isto trata-se de um dos pilares básicos de qualquer Estado de Direito Democrático. Dou sempre um argumento para explicar isto que consiste no seguinte, o que é mais gravoso, um inocente ser preso ou um culpado ser ilibado?
Desta forma, acalmem-se os animais instintos da expiação e não nos esqueçamos de uma coisa, as penas servem para prevenir e não para vingar. Longe vai o tempo em que vingava a bíblica lei de talião, olho por olho e dente por dente.
(escrito nos últimos 20m para o jornal da terriola)segunda-feira, julho 21, 2008
domingo, julho 20, 2008
sábado, julho 19, 2008
"next big thing"
quarta-feira, julho 16, 2008
"Quilómetro Zero” (KM0)
Ao longo de 14 programas de 25 minutos, o KM0 entra dentro de garagens improvisadas, estúdios mais ou menos insonorizados, armazéns, apartamentos pessoais e até mesmo cafés de bairro, monta um estúdio de som profissional, grava ao vivo um tema integral de cada banda, entrevista os músicos sobre criação e edição em Portugal, e faz-se novamente à estrada.
Contas feitas, são 39 bandas dos mais diversos quadrantes (Rock, Pop, Metal, Jazz, Blues, Electrónica, Hip Hop, Experimental, Popular), 159 músicos, 23 cidades, 12 mil quilómetros na estrada e 130 horas de filmagem, sem qualquer play back.
As bandas foram seleccionadas por J.P. Simões, José Luís Rei e Micael Espinha (realizador), essencialmente a partir da plataforma do Myspace, que em Janeiro de 2008 contava com 12 mil entradas de projectos portugueses.
O primeiro KM0 parte de Coimbra, mas percorre o país: Porto, Maia, Espinho, Braga, Barcelos, Aveiro, Coimbra, Condeixa, Cantanhede, Nazaré, Marinha Grande, Vila Velha de Ródão, Tondela, Tomar, Sintra, Amadora, Lisboa, Sacavém, Almada, Montemor-o-Novo, Odemira, Faro e Portimão."
Bandas KM0:
Man & Bellas, The Guys From the Caravan, Anaquim, Peixe : Avião, Smix Smox Smux, Monstro Mau, La La La Ressonance, Nikouala, Gnomon, MadMan Underground, The Clits, Canal 0, Kromo di Ghuetto, Zieben, Kumpania Algazarra, Carlos Peninha, Fadomorse, Montecalvo 146, Peltzer, Waste Disposal Machine, U-Clic, Stowaways, Cenáculo, Pz, Gueixa, Cacique 97, Munchen, Dr.Estranho Amor, Projecto Fuga, Oxalá, João Frade, JazzTaParta, Nanook, 2008, The Weatherman, Mimical Kix, Norberto Lobo, Lobster, Mikado Lab.
terça-feira, julho 15, 2008
Radiohead - House of Cards
* In Radiohead's new video for "House of Cards", no cameras or lights were used. Instead, 3D plotting technologies collected information about the shapes and relative distances of objects. The video was created entirely with visualizations of that data.
segunda-feira, julho 14, 2008
sábado, julho 12, 2008
Fred Durst in Tom Green Show Pt.1
Entrevista mítica! Fred Durst é a cena. para quando um dueto com a Britney??
* relembrando um verso de Korn, suicide sometimes kill the pain!
* o gajo arrota a meio da entrevista.
* a minha mãe tinha razão, a droga faz mal à nossa saúde.
The National - You've done it again (Black Cab Sessions)
* Bom bom, era um projecto destes em Portugal, com um típico taxista tuga.
Festival Oeiras Alive! 08 Dia 1
Vampire weekend - bonzinho.
MGMT - alguma displicência, mas não foi mau.
Gogol Bordello - pareceram-me bons, mas não tenho grande paciência.
The Hives - as grandes bandas são verdadeiras, estes tipos têm relativa piada mas são uma banda copy paste.
Rage Against the Machine - sete anos depois, óptimo concerto. mosh a todo o espaço com esparsas excepções. são tudo menos entediantes. podiam era ter sido melhor informados e falado não do saramago, mas do álvaro cunhal.
*infelizmente não vi Spiritualized, The National e Hercules & Love Affair.
quinta-feira, julho 10, 2008
quarta-feira, julho 09, 2008
de que são feitos os tolos?
terça-feira, julho 08, 2008
domingo, julho 06, 2008
sábado, julho 05, 2008
quarta-feira, julho 02, 2008
domingo, junho 29, 2008
despedida
"caros,
venho desta forma aproveitar para me despedir de todos. faço-o via email visto não suportar despedidas e espero não ser mal interpretado. peço ainda desculpa pelo não respeito das formalidades impostas pela língua-convenção, mas estou um pouco cansado de tais amarras convencionais que mais não são do que condicionadores de criatividade. basta ler autores como joyce ou cortázar para o perceber. parecendo que não, já lá vão praticamente dois anos e passamos efectivamente mais tempo no local de trabalho que em casa e logo criamos laços de amizade com uns, de afinidade com outros...e é sempre, pelo menos, chato. desejo as melhores e maiores felicidades ao escritório, e em especial às pessoas que o compõem, visto o escritório não ser mais do que essas pessoas. peço ainda desculpa aos que tiveram de aguentar com a minha ausência de paciência para com a, ainda assim, mui digna actividade em causa.
deixo ainda duas propostas de citações:
"Uma gaiola partiu à procura de um pássaro." Franz Kafka
"Vamos todos morrer, o truque é não acelerar as coisas." Macgyver
sem mais assunto, subscrevo-me.
beijos e abraços"