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quarta-feira, abril 08, 2009

sexta-feira, março 27, 2009

The Decemberists - The Hazards of Love

Bem melhor do que a Pitchfork e afins apregoa por aí.

7,5/10

quinta-feira, dezembro 18, 2008

(D)os melhores de 2008

Why? - Alopecia

Cut Copy - In Ghost Colours

Dodos - Visiter

White Denim - Workhout Holiday

Woven Hand - Ten Stones

Vivian Girls - Vivian Girls

Vampire Weekend - Vampire Weekend

Tv on the Radio - Dear Science

The Walkmen - You & Me

Simon Bookish - Everything Everything

Shearwater - Rook

Santogold - Santogold

Portishead - Third

No Age - Nouns

Nico Muhly - Mothertongue

MGMT - Oracular Spectacular

Lykke Li - Youth Novels

Little Joy - Little Joy

Lil Wayne - Tha Carter III

The Kills - Midnight Boom

Hercules and Love Affair - Hercules and Love Affair

Gang Gang Dance - Saint Dymphna

Fleet Foxes - Fleet Foxes

Department of Eagles - In Ear Park

Deerhunter - Microcastle

Cass Maccombs - Dropping the Writ

Bon Iver - For Emma, Forever Ago

Beach House - Devotion

Atlas Sound - Let the Blind Lead Those Who Can See But Cannot Feel

sábado, novembro 08, 2008

Thee Silver Mount Zion (Zé dos Bois)


E os céus fecharam-se sobre a Lisboa das ruas negras e bebidas do bairro alto. O céu outrora azul, agora cinzento, choveu riffs lentos e harmoniosos e anárquicos…cena post-rock da melhor que por aí anda. Os longos cabelos loiros que sincronizadamente esvoaçavam ao meu lado acompanharam os meus sentidos tiques, por vezes até autistas. Os Thee Silver Mount Zion, entusiasticamente recebidos na ZDB, deram um dos melhores concertos que vi este ano. A começar pelo humor do vocalista, a acabar nos arranjos dos violinos, encontrados em Dvorak e/ou God Speed You Black Emperor ou algo que o valha. Só foi pena não terem tocado a Roxanne, consoante o Menuck ameaçou e, perante o meu pedido, não terem tocado Korn (quem por lá esteve perceberá certamente), até o palco, anormalmente erguido, permitia uma melhor visão da banda.
Depois do que por lá se passou, acredito piamente que 1 000 000 de pessoas morreram para fazer aquele som! Os guturais gritos que as guitarras soltaram durante o concerto mostraram-no. As músicas longas que nos fazem fechar os olhos e procurar microfones nas árvores ou luas e azuis cuspiram-no. Até deu para músicas de amor. Talvez até me tenha apaixonado por lá. Certamente vagueei, sabe-se lá por onde, durante muitos momentos. So, God bless Efrim Menuck.

quarta-feira, abril 02, 2008

Foals - Antidotes (2008)

Entediante e extremamente repetitivo (é capaz de ter alguma piada se remixado).

6/10

quarta-feira, março 05, 2008

His Sad Quote - Vessels + Guiding Lights


Os His Sad Quote são uma banda lisboeta que acaba de preparar o primeiro álbum, ou melhor EP, começando agora a ser falados pela net...
Para começar devo dizer que, por acaso, conheço a banda pessoalmente e sempre os apelidei de "Radio Rós" e "Sigur Head", isto em tom de provocação e mesmo sabendo da vastidão de outras influências. O que não é uma crítica, mas apenas uma mera consideração constatatória e subjectiva. De qualquer forma, é uma primeira aproximação à banda.
Quanto ao EP em si, devo dizer que gosto especialmente de todas as músicas (é exactamente isto que quero dizer). A alguma componente pop (embora não propriamente tradicional) que encontro no processo de formação das músicas apraz-me. Relembro o óptimo refrão da música Light...ou a lenga lenga viciante da Turn Around.
Devo dizer que a margem de progressão parece-me óbvia, o que de per si exponencia automaticamente o valor do EP, embora considere que poderá/deverá haver algum acrescentar de valia através do explorar de coisas diferentes.
Gosto especialmente da sonoridade da voz e das variações rítmicas que caracterizam a sua música (o que denota alguma qualidade técnica).
Resumindo: a ouvir e acompanhar.


8/10

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Aman Iman, Tinariwen

Letras imperceptíveis, riffs tribalmente crus, puro rock puro (merda de descrição, mas percebe-se a ideia).

Um dos melhores do ano.


8,5/10

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Do que fui ouvindo durante este estranho (talvez doentio) ano

!!! - Myth Takes (8/10)

Amon Tobin - The Foley Room (7/10)

Andrew Bird - Armchair Apocrypha (8,5/10)

Angels of Light - We Are Him (8/10)

Animal Collective - Strawberry Jam (7,5/10)

apostle of hustle - national anthem of nowhere (7,5/10)

Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare (7/10)

Band of Horses - Cease To Begin (7,5/10)

Bat For Lashes - Fur and Gold (8/10)

Battles - Mirrored (8/10)

Beastie Boys - The Mix Up (6/10)

Benjamin Biolay - Trash éyé (8/10)

Bill Callahan - Woke On A Whaleheart (7,5/10)

Black Dice - Load Blown (7/10)

Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81 (7,5/10)

dinosaur j.r. - Beyond (7/10)

Bon Iver - For Emma, Forever Ago (8/10)

Boys Noize - Oi Oi Oi (7/10)

Burial - Untrue (8/10)

Coconut Records - Nighttiming (7/10)

David Fonseca - Dreams In Colour (8/10)

David Gahan - Hourglass (7/10)

Editors - An End Has A Start (8/10)

Elliott Smith - New Moon (8,5/10)

Feist - The Reminder (7/10)

Fink - Distance And Time (8/10)

Gravenhurst - The Western Lands (7,5/10)

Grinderman - Grinderman (7,5/10)

Interpol - Our Love To Admire (7/10)

Iron & Wine - The Shepherd's Dog (7/10)

jana hunter - there's no home (7/10)

Jens Lekman - Night Falls Over Kortedala (7,5/10)

Joe Henry - Civilians (7,5/10)

john vanderslice - emerald city (7,5/10)

jose gonzalez - in our nature (7,5/10)

josh rouse - country mouse city house (7/10)

Julian Fane - our new quarters (7/10)

Justice - † (8/10)

Keren Ann- Keren Ann (8/10)

Kings Of Leon - Because Of The Times (7/10)

Klaxons - Myths of the Near Future (8,5/10)

LCD Soundsystem - Sound of Silver (8/10)

Les Savy Fav - Lets Stay Friends (7/10)

Liars - Liars (7/10)

loney, dear - loney, noir (7/10)

menomena - friend and foe (8/10)

M.I.A - Kala (7/10)

New Young Pony Club - Fantastic Playroom (7,5/10)

No Age - Weirdo Rippers (8/10)

Okkervil River - The Stage Names (8/10)

Panda Bear - Person Pitch (8/10)

papercuts - can't go back (8/10)

Patti Smith - Twelve (7/10)

POLYTECHNIC - Down Til Dawn (7,5/10)

Pop Levi - The Return To Form Black Magick Party (6,5/10)

Radiohead - In Rainbows (8/10)

Robert Wyatt - Comicopera (8,5/10)

Rogue Wave - Asleep At Heavens Gate (7/10)

Seu Jorge - América Brasil (7/10)

Smashing Pumpkins - Zeitgeist (5/10)

Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga (8/10)

SuperMayer - Save The World (7/10)

swan lake - beast moans (8,5/10)

The Arcade Fire - Neon Bible (8,5/10)

The Chemical Brothers - We Are The Night (7/10)

The Cinematic Orchestra - Ma Fleur (8/10)

THE CLIENTELE - God Save The Clientele (7/10)

The Go Team! - Proof of Youth (7/10)

The National - Boxer (9/10)

The Ponys - turn the lights out (7/10)

The Shins - Wincing The Night Away (8/10)

The Thrills - Teenager (7,5/10)

The White Stripes - Icky Thump (7,5/10)

Thurston Moore - Trees Outside The Academy (7,5/10)

Velvet Revolver - Libertad (7/10)

Yeasayer - All Hour Cymbals (7,5/10)

domingo, setembro 30, 2007

No Age - Weirdo Rippers

Desconstrução rock. Algo novo, agressivo e confuso. Eu gosto...
So what, I'm a weirdo ripper too!

8/10

Beirut - The Flying Club Cup

Segundo álbum dos Beirut, segundo óptimo disco, de uma das melhores bandas "indie" actuais. Thank you Condon.
Acho que vou perder-me por Nantes.

8/10

domingo, maio 13, 2007

New Moon, Elliot Smith

"New Moon" é o (segundo) álbum póstumo de Elliot Smith, que desapareceu em 2003. Este disco reúne 24 demos gravadas entre 1995 e 1997, reunidas agora por Larry Crane. Encaro (e compreendo?!) este álbum como uma espécie de síntese de uma obra, talvez, um pouco esquecida na prolífera década de 90. Confesso que eu próprio apenas o descobri tarde demais...As músicas compiladas em "New Moon" ultrapassam uns míseros lados b. Pelo contrário, dada a qualidade, são verdadeiros lados a, tão essenciais quanto a sua discografia. É quase noite, uma fina tristeza toma conta de mim, "there's a riot coming", de repente a minha viola entra rubidamente num grave espirilar de canções - O Elliot não morreu! A sua música é composta por excelentes arranjos, perfeitas letras (poesia), acompanhadas dos obsidiados arrepios e das indispensáveis lágrimas que o seu perfeito dedilhar e melífera voz provocam. Estamos perante perfeição. A par de Buckley e Kobain, Elliot é mais um dos mitos perdidos pela década de 90. Imagino uma super banda composta por estes três...
8,5/10

Young Modern, Silverchair

Os Silverchair estão de volta! Sim, aqueles putos que com 16 anos fizeram um "Frog Stomp". O grunge já lá vai, e agora são pop! Ser pop é fixe, ganhamos uns trocos, comemos umas gajas...Bem, eu não tenho grande paciência, e não se trata de nenhum preconceito, porém apesar de não ser um álbum muito mau, a verdade é que não traz nada de novo em aspecto nenhum. Daniel eras bem mais fixe quando tentavas imitar o Kurt!
5/10

Woke on a wholeheart, Bill Callahan

Os Smog são uma das minhas (actuais) bandas fetiche. A voz do Callahan é uma das que mais me arrepia. A tristeza que transparece apanhou-me desde o primeiro momento. Este é um álbum estranho. É alegria. Das duas uma, ou o Callahan está perdidamente apaixonado ou então está velho. Trata-se de um excelente álbum, de uma irradiante harmonia polífona, que pode resumir-se no tema “Diamond dancer” – extremamente viciante! Posso e devo afirmar que se trata de um óptimo substituto de serotonina… (Medicamente) aconselhado.
8/10


Baby 81, Black Rebel Motorcycle Club

A verdade é que tenho um gosto especial pelos BRMC, a verdade é que tenho um gosto especial pelo rock'n'roll, a verdade é que também perguntei a mim mesmo por mais de duas mil e quinhentas vezes - "whatever happenened to my rock'n'roll"...Depois do rock'n'folk de Howl, eles estão de volta com "Baby 81", e estão de volta ao rock de turbilhão frenético (e motard) - quais sonorosos concertos de riffs! A escuridão voltou e ainda bem...bem, vou vestir o blusão de cabedal e aumentar o volume.
"She's seventeen, she's got everything she needs to loose"
8/10


terça-feira, maio 01, 2007

A sociedade dos encómios

A dardejante facilidade com que hoje se utiliza a palavra "genial" faz-me imensa confusão (para não falar de uma certa náusea). Esta triste realidade leva-me a acreditar que actualmente vivemos na sociedade dos (neo-pós-alternativo-qualquercoisa) encómios.
Aparece um tipo qualquer, que até tem bom gosto, pega num pc, junta uns sons, provavelmente construídos por outro, junta tudo, mistura bem, muito bem, junta-lhe sal e pimenta (e dois caldos knorr de frango), et voilá - Genial, Brilhante...Pergunto-me constantemente sobre o que será que os Beethovens, Mozarts e outros pensariam disto...

quinta-feira, março 22, 2007

Armchair Apocrypha, Andrew bird

Nota: 8,5/10
Género: indie pop rock;

Editora: Fargo Records;
É um álbum hiptonizante. A panaceia da música pop pode encontrar-se em Andrew Bird! Apesar de há muito andar por cá, apenas saiu do anonimato com o último álbum de há dois anos - The Mysterious Production of Eggs, altura em que o descobri. Muitos têm-no comparado com o meu Jeff Buckley, porém eu não o faço, não quero fazer (embora reconheça semelhanças nos sentimentos que ambos fazem ruborescer em mim), até porque já lhe reconheço a suficiente autonomia para o dissociar de comparações. É estranho como neste álbum parece procurar fazer de todas as músicas hinos e por pouco não o consegue. Este sonoro concerto de pássaros, de sabor panegírico, é um dos melhores álbuns do ano, e um dos melhores que ouvi nos últimos tempos. O terceiro nome de Bird é nostalgia e o tema Spare-Ohs é exemplo disso mesmo, estranho exercício de melancolia - lacrimejos sinceros tornam-se impossíveis de suster. Contudo, oiço a Fiery Crash e os sinceros violinos da Heretics, que logo me deixam a porejar alegria e júbilo, dizem os meus olhos. Thank God it's fatal...Não me canso de ouvir. Converti-me aos assobios.

segunda-feira, março 19, 2007

Neon Bible, The Arcade Fire


Nota: 8,5/10
Género: alternative rock;
Editora: Sonovox;

Os Arcade Fire criaram uma nova religião e agora resta espalhar a nova fé - o Rock renasceu! O Neon Bible é isso mesmo, o manuscrito daquilo que já tinham criado com Funeral. Os arranjos do Pallet são brilhantes, a epicidade que empregam nas músicas provocam-me apertos no estômago, o pregar de Butler arrepia-me...Este álbum está pejado de excelentes músicas e letras (a my body is a cage é pura poesia). Li algures que este álbum melhora a cada audição, e concordo plenamente. Tornou-se contagiante, é um arquétipo perfeito da dor e do ardor que me tomam, consomem todos os dias. Sou mais um fiel da religião Arcade Fire - a minha vida mudou.

quinta-feira, março 08, 2007

Yann Tiersen o Polivalente


Violinos eléctricos, guitarras distorcidas, ambientes "noise" e experimentalistas...O tipo toca estupidamente bem tudo o que lhe põem à frente...A Aula Magna estava apinhada de gente, uns deslocados à espera dos acordeões de Amélie que só por uma vez se fizeram ouvir, outros vibrando com as dementes guitarras Mogwai, que ecoavam na acústica da sala, aliás, guitarras Tiersen. Os violinos caóticos deixaram-me um obscuro sorriso na cara, os xilofones minimalistas fecharam-me os olhos e fizeram-me pensar em...tudo. A teclista, por vezes, era algo irritante é verdade, contudo nada que me roubasse toda aquela vibração eclética que senti. Excelente concerto.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Friendly of Fire (Sean Lennon)


Nota: 8/10
Género: pop-indie
Editora: Capitol
Artistas Similares: John Lennon, Elliott Smith,The Beatles, Sufjan Stevens;

O Sean Lennon gosta de aguardente e eu gostei imenso de o ouvir no Santiago Alquimista. Por muito que ele não goste, é impossível dissociá-lo da figura do pai...e ainda bem para ele - herdou o nome, tiques, os óculos, o nome e talento! Friendly of Fire é o segundo álbum de Sean e mantém um registo semelhante ao seu antecessor - pop indie (embora encontremos alguns resquícios de bossanova no anterior)! A música de Sean é composta por canções pop muito simples, que vivem de ambientes intimistas, com letras naif, refrões que ficam logo na cabeça e leves dedilhados (por vezes, encontra-se ainda algum experimentalismo)... O álbum, editado há já um ano, vem também acompanhado de um DVD com telediscos para todas as músicas (diz que é uma espécie de curta) produzido e protagonizado pelo próprio ao lado de alguns amigos, como Lindsay Lohan, Carrie Fisher, Asia Argento e Bijou Phillips. Óptima banda-sonora para apaixonados...

domingo, fevereiro 04, 2007

At Swim Two Birds - Returning to the scene of the crime

Nota: 8/10
Género: indie, folk;
Editora: ANANANA;
Artistas Similares: Quigley, The Montgolfier Brothers, The Radio Dept, Smog;

Este é o novo álbum dos At swim Two birds, projecto a solo de Roger Quigley, vocalista dos The Montgolfier Brothers. É verdade que a sua popularidade ainda nao atingiu o patamar que devia, contudo Roger Quigley é um dos actuais maiores talentos britânicos. A sua música em geral, e Returning to the scene of the crime em especial, impressionam-me principalmente pela qualidade da escrita. As suas músicas são pequenas contos carregados de uma estranha emoção e algum lirismo poético. São pequenos pedaços musicais que me deixam apaticamente a olhar para o vazio e a pensar em toda a náusea e cansaço que sinto. Faz-nos pensar, deprimir e chorar. Indispensável.