quarta-feira, junho 13, 2007

Futilidade musical

A sociedade melómana actual irrita-me imenso. Irritam-me também os preconceitos característicos dessa mesma sociedade. Irrita-me ainda o facto de pedestalizarem bandas emergentes, no fundo bandas da moda, usarem-nas convulsivamente, até porque "é fixe", e logo depois deitarem-nas fora, esquecendo no imediato que existiram e o que antes haviam considerado. É a futilidade aplicada ao mundo da música.

2 comentários:

A disse...

Ai que tu andas tão irritado...!

:)

Mas sim, tens alguma razão; a música, compreendida por algumas pessoas, e não sentida, é algo que depressa se torna produto acabado e nunca tornado parte de nós.

Sempre gostei de músicas novas e velhas, sempre gostei de entender e sentir as letras, e enerva-me aquele conceito de "música a martelo".

Provavelmente já não oiço tanta como há anos atrás, já me esqueço de muita coisa que gostaria de nunca ter esquecido, e até de ter mais tempo para me dedicar a essa Arte... mas a vida toma-nos sempre de assalto e rouba-nos o tempo que, felizmente, acaba por ser empregue em algo que nos faça sorrir perante todos os factos que associamos a determinadas músicas.

Complicado?

Acho que não. Trata-se de viver a música da nossa vida, ao invés de viver a música da vida dos outros.

E a poesia será sempre livro inacabado...

Beijinhos, J.

Unknown disse...

Infelizmente tem sido assim nos últimos tempos. Não é que antes fosse muito diferente. A questão é que as coisas actualmente acontecem demasiado rápido. E se há bandas, dessas ditas "emergentes", que até são boas, o que se assiste é as outras (não tão boas) vingarem. É tudo uma questão de investimento das labels e naquilo que acham que o público em geral vai gostar.

Felizmente ainda há algumas editoras independentes que apostam na qualidade, mesmo que para um público mais restrito.

Abraço